quarta-feira, abril 28, 2010

é minha

minha poesia é ordinária
anti-prece de cada dia
não roga por mim nem sacia
a sede de sentido
pra vida.
minha poesia é profana
com as palavras me perco
na cama
sexuada
pelo significado que falta.
minha poesia é sagrada
água benta que redime
a angústia não domesticada
é o que de (nada) mais
me faz
ser quem sou.

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