O meu avesso é a poesia
é ela o avesso da roupa com que saio na rua todo dia
esse eu é meu rascunho
são traços que nem o espelho me transmite como face
despedaços
como demora
até que me encontre num ponto de desencanto do meu próprio olhar
o avesso do meu avesso
é o esquisito
estranhas entranhas do meu devaneio
devo pensar, devaneio
devo acordar, devaneio
devaneio não nego
engano enquanto puder.
quinta-feira, abril 29, 2010
respirar
minhas raízes se desprenderam do chão
e saíram pra passear
foram visitar outros campos
outros ares
fotossíntese ocular
como brilham os raios de sol
quando admirados por um novo olhar
explorar novas idéias
descobrir-se nova mente
vez ou outra permitir-se
corajosa, reinventar-se
e ventar-se
reinventar-se
e ventar-se
num avessar espiral
constante pirar e respirar
e saíram pra passear
foram visitar outros campos
outros ares
fotossíntese ocular
como brilham os raios de sol
quando admirados por um novo olhar
explorar novas idéias
descobrir-se nova mente
vez ou outra permitir-se
corajosa, reinventar-se
e ventar-se
reinventar-se
e ventar-se
num avessar espiral
constante pirar e respirar
quarta-feira, abril 28, 2010
é minha
minha poesia é ordinária
anti-prece de cada dia
não roga por mim nem sacia
a sede de sentido
pra vida.
minha poesia é profana
com as palavras me perco
na cama
sexuada
pelo significado que falta.
minha poesia é sagrada
água benta que redime
a angústia não domesticada
é o que de (nada) mais
me faz
ser quem sou.
anti-prece de cada dia
não roga por mim nem sacia
a sede de sentido
pra vida.
minha poesia é profana
com as palavras me perco
na cama
sexuada
pelo significado que falta.
minha poesia é sagrada
água benta que redime
a angústia não domesticada
é o que de (nada) mais
me faz
ser quem sou.
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